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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Pacientes que vêm de fora devem ser bem recebidos em Teresina

Muita gente malha essa história de paciente que vem de fora buscar atendimento em Teresina, principalmente os políticos. Estão dando tiro no próprio pé.

Deveríamos agradecer porque esta gente que vem do interior do Piauí e de outros estados contribui para a geração de centenas de milhares de empregos, nem é possível quantificar, porque não entra na contabilidade formal.

Por causa deles, os hospitais e clínicas particulares faturam muito dinheiro e com isso fazem a economia girar, através de contratações de novos empregados, inclusive médicos e enfermeiros, além do reinvestimento destes recursos na melhoria dos próprios serviços.

Os taxistas ganham mais corridas, as pensões podem hospedar mais pessoas e com isso ganhar mais dinheiro, fazendo-o circular na aquisição de mercadorias e serviços. Basta ver a pujança do comércio no chamado corredor hospitalar, onde funcionam dezenas destes estabelecimentos, que empregam, na sua maioria, gente humilde.

Não existe, de fato, por que reclamar. Pelo contrário. Teresina deveria recebê-los, todos, de braços abertos, em sinal de agradecimento. Eles representam parte importante da nossa economia.

Agora, isso não significa dizer que nossos políticos não devam lutar pela compensação dos recursos de outros estados, vez que o SUS é implacável no tocante aos repasses. Os valores são transferidos de acordo com a população de cada estado, que por sua vez redistribui automaticamente para municípios, tudo em acordo com a quantidade de habitantes.

Em primeiro lugar, estes repasses deveriam ser feitos em função dos atendimentos realizados. Os governos de outros estados ficam muito agradecidos a Teresina por receber os seus doentes e ainda por cima cuidar deles com alta capacidade resolutiva. Deveriam, além de agradecer, mandar também o dinheiro necessário ao seu tratamento, que eles recebem e aplicam em outras finalidades.

A luta não deve ser contra os pacientes. Eles são importantes e ajudam em nosso desenvolvimento. A luta deve ser em relação aos governos de seus estados porque fazem de tudo menos aplicar em saúde.

Um cidadão que se encontra enfermo e procura atendimento em sua cidade, não encontrando, ele imediatamente se desloca para outro local em que haja melhor condição de cura. A capital piauiense se destaca exatamente por isso, porque os problemas que chegam por aqui, em sua maioria, são resolvidos.

A compensação não acontece por uma razão muito simples. Porque no Brasil tudo depende de política, que se alimenta de votos, que se alimenta da miséria, que se impõe sobre todo o resto. É uma conta simples de entender mas não de engolir.

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