Notícias, informações e comentários sobre os bastidores da política piauiense e brasileira
quinta-feira, 26 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
VELHO MONGE
UM ESCRITOR JOVEM DEMAIS
RETROSPECTIVA
UM REPÓRTER
Onde estão os estudantes?!
Os estudantes participaram de grandes conquistas na história do Brasil. Foram eles que no século XIX alavancaram o debate pelo fim da escravatura. Muitos foram perseguidos e presos pelo Império, mesmo assim não reduziram seu ânimo em favor da libertação dos negros.
Participaram, também decisivamente, já no século XX, das lutas pelo fim da política do Café com Leite, quando os presidentes da República eram escolhidos apenas entre cariocas e paulistas (aqui e ali algum mineiro). Foram eles, os estudantes, que balizaram, nos Estados, a campanha vitoriosa da aliança comandada por Getúlio Vargas e que resultou na Revolução de 1930, com todos os seus ganhos e perdas, mas, enfim, uma revolução.
Os estudantes também foram determinantes na queda do próprio Vargas, 15 anos depois, ao fim da Segunda Guerra, quando os pracinhas brasileiros voltaram do enfrentamento aos nazistas. Como se podia lutar contra o totalitarismo em outras nações e continentes quando em nosso próprio país padecíamos sob o jugo de uma ditadura cruel e sanguinária como a do Estado Novo?!
Vale ressaltar que a própria participação do Brasil na Segunda Guerra teve o estímulo da classe estudantil, que logo se posicionara contra o projeto louco de Adolf Hitler de constituir uma raça superior no mundo a partir dos alemães e com o extermínio de todas as outras que não tivessem as mesmas características genéticas.
Os estudantes, algum tempo depois, nos anos 1950, atenderam ao chamamento de um Getúlio Vargas renovado, agora eleito pelo voto direto, na luta em favor da nacionalização de nossas riquezas, como petróleo, minérios em geral. A classe lutou contra a internacionalização da Floresta Amazônica, outra defesa dos americanos, sob argumento de que nós, brasileiros, não temos nenhuma condição de cuidar daquele gigantesco (e sagrado) bioma.
Nos anos 1960, com a ascensão ao poder dos militares, os estudantes se posicionaram contrários e fizeram marchas contra a exceção por todo o país. Enquanto todos insistiam em chamar o movimento militar de “a redentora”, os estudantes a chamaram pelo que de fato era – uma ditadura.
Diante da impossibilidade de lutarem na legalidade, partiram para a clandestinidade, pegaram em armas e sonharam derrubar o regime – uma das muitas utopias da juventude daqueles tempos.
Mais recentemente, tivemos as lutas pela redemocratização, nos anos 1980, com as Diretas Já!, que reuniram milhões pelas ruas das grandes cidades, inclusive em Teresina, na tentativa de estabelecer eleições diretas para presidente da República.
Em todas as épocas, os estudantes sempre participaram dos grandes movimentos e das grandes conquistas. Alguns reunidos em torno de entidades, outros nem tanto, mas participativos. Mas agora parecem alheios ao que se passa em seu derredor. Por que será?!
Participaram, também decisivamente, já no século XX, das lutas pelo fim da política do Café com Leite, quando os presidentes da República eram escolhidos apenas entre cariocas e paulistas (aqui e ali algum mineiro). Foram eles, os estudantes, que balizaram, nos Estados, a campanha vitoriosa da aliança comandada por Getúlio Vargas e que resultou na Revolução de 1930, com todos os seus ganhos e perdas, mas, enfim, uma revolução.
Os estudantes também foram determinantes na queda do próprio Vargas, 15 anos depois, ao fim da Segunda Guerra, quando os pracinhas brasileiros voltaram do enfrentamento aos nazistas. Como se podia lutar contra o totalitarismo em outras nações e continentes quando em nosso próprio país padecíamos sob o jugo de uma ditadura cruel e sanguinária como a do Estado Novo?!
Vale ressaltar que a própria participação do Brasil na Segunda Guerra teve o estímulo da classe estudantil, que logo se posicionara contra o projeto louco de Adolf Hitler de constituir uma raça superior no mundo a partir dos alemães e com o extermínio de todas as outras que não tivessem as mesmas características genéticas.
Os estudantes, algum tempo depois, nos anos 1950, atenderam ao chamamento de um Getúlio Vargas renovado, agora eleito pelo voto direto, na luta em favor da nacionalização de nossas riquezas, como petróleo, minérios em geral. A classe lutou contra a internacionalização da Floresta Amazônica, outra defesa dos americanos, sob argumento de que nós, brasileiros, não temos nenhuma condição de cuidar daquele gigantesco (e sagrado) bioma.
Nos anos 1960, com a ascensão ao poder dos militares, os estudantes se posicionaram contrários e fizeram marchas contra a exceção por todo o país. Enquanto todos insistiam em chamar o movimento militar de “a redentora”, os estudantes a chamaram pelo que de fato era – uma ditadura.
Diante da impossibilidade de lutarem na legalidade, partiram para a clandestinidade, pegaram em armas e sonharam derrubar o regime – uma das muitas utopias da juventude daqueles tempos.
Mais recentemente, tivemos as lutas pela redemocratização, nos anos 1980, com as Diretas Já!, que reuniram milhões pelas ruas das grandes cidades, inclusive em Teresina, na tentativa de estabelecer eleições diretas para presidente da República.
Em todas as épocas, os estudantes sempre participaram dos grandes movimentos e das grandes conquistas. Alguns reunidos em torno de entidades, outros nem tanto, mas participativos. Mas agora parecem alheios ao que se passa em seu derredor. Por que será?!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
THEMISTOCLES CONFESSA ESTAR ASSUSTADO COM INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL
Uma investigação realizada pelo Tribunal de Justiça do Estado e Polícia Federal sobre atuação de deputados estaduais do Piauí determinou a quebra de sigilo telefônico dos parlamentares.
O deputado Themistocles Filho (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa, disse que está assustado com a informação porque desconhece o teor da investigação.
Ele apenas imagina que esteja acontecendo por causa de um consórcio no qual os 30 deputados descontam mensalmente a importância de R$ 5 mil para concorrer ao sorteio de R$ 150 mil.
O presidente considera desnecessária a ação da PF, tendo em vista que, segundo ele, a Assembleia do Piauí é um poder transparente.
Toda e qualquer informação de que a Justiça queira dispor para realizar suas investigações podem ser solicitadas sem a necessidade do grampo e escuta telefônica.
Numa entrevista concedida hoje a uma emissora de tevê da capital, Themistocles disse que até o governador Wilson Martins pode ter sido grampeado nesta ação investigatória que está sendo realizada pela Polícia Federal e anunciou a contratação de um advogado para acompanhar o caso.
O presidente disse que deputado é igual mulher bonita – “todo mundo quer tirar uma casquinha.”
o parlamentar afirma ainda que não tem ideia sobre o motivo da apuração e pediu aos deputados que se mantenham em silêncio e evitem falar ao telefone sobre questões que possam gerar constrangimento.
O deputado Themistocles Filho (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa, disse que está assustado com a informação porque desconhece o teor da investigação.
Ele apenas imagina que esteja acontecendo por causa de um consórcio no qual os 30 deputados descontam mensalmente a importância de R$ 5 mil para concorrer ao sorteio de R$ 150 mil.
O presidente considera desnecessária a ação da PF, tendo em vista que, segundo ele, a Assembleia do Piauí é um poder transparente.
Toda e qualquer informação de que a Justiça queira dispor para realizar suas investigações podem ser solicitadas sem a necessidade do grampo e escuta telefônica.
Numa entrevista concedida hoje a uma emissora de tevê da capital, Themistocles disse que até o governador Wilson Martins pode ter sido grampeado nesta ação investigatória que está sendo realizada pela Polícia Federal e anunciou a contratação de um advogado para acompanhar o caso.
O presidente disse que deputado é igual mulher bonita – “todo mundo quer tirar uma casquinha.”
o parlamentar afirma ainda que não tem ideia sobre o motivo da apuração e pediu aos deputados que se mantenham em silêncio e evitem falar ao telefone sobre questões que possam gerar constrangimento.
terça-feira, 17 de maio de 2011
WELLINGTON DIAS DEFENDE ADOÇÃO PELO MEC DE PROGRAMA INVESTIGADO NO PIAUÍ
Em pronunciamento na tribuna, o senador Wellington Dias (PT) defendeu a implantação pelo MEC, em nível nacional, do programa Cursinhos Populares, que no Piauí é investigado por supostas irregularidades.
O senador disse que os Cursinhos Populares garantiram acesso de jovens egressos de escolas públicas ao ensino superior, saltando de 18% para 64%, mas estes dados nunca foram aferidos por nenhum órgão de credibilidade.
Senador Wellington Dias durante pronunciamento na tribuna do Senado
Foram apenas disseminados pelos membros do governo passado e do Instituto Civitas, que em seis anos recebeu cerca de 20 milhões de reais da Secretaria de Educação do Estado para a execução do programa.
Wellington Soares, dirigente do Civitas e assessor do senador
Robertônio Pessoa, outro dirigente do Civitas
Em seu pronunciamento, Wellington Dias cita os nomes do coordenador estadual da Juventude, Plínio Dumont, do advogado Robertônio Pessoa e do professor Wellington Soares, que inclusive é assessor parlamentar em seu gabinete no Senado.
Os três, segundo ele, defendem a adoção pelo Ministério do programa Cursinhos Populares.
SOB INVESTIGAÇÃO
O contrato celebrado entre a Secretaria de Educação do Estado e o Instituto Civitas (que realizou o programa Cursinhos Populares no Piauí) está sob investigação do Ministério Público Estadual.
O promotor responsável pela apuração é José Reinaldo Leão. A ONG é dirigida pelos petistas Wellington Soares, Nelson Nery Costa e Robertônio Pessoa.
Em menos de seis anos teria recebido cerca de R$ 25milhões (informações constantes no Diário Oficial do Estado) em recursos do governo, através da Secretaria Educação, dirigida por outro petista, o deputado federal e candidato derrotado ao Senado, Antonio José Medeiros.
O pretexto é a execução do projeto de cursinhos, que deveria preparar alunos do ensino médio para o vestibular. A investigação acontece desde dezembro de 2009 e deve perdurar até não se sabe quando.
PIOR EDUCAÇÃO
De outro lado, importa ressaltar que a educação piauiense é considerada a pior do Brasil, tendo recebido nota 3 do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira), o menor do país.
Recentemente, o secretário Átila Lira desabafou na televisão (durante greve de professores) e disse que o Piauí é campeão nacional de fracasso escolar.
Significa dizer que os petistas no poder não contribuíram para o desenvolvimento da educação no estado.
Desse modo, como justificar a adoção de um programa que se pretende renovador e avançado quando na verdade nem temos o que comemorar em nível de educação pública?!
SINDICATO DOS PROFESSORES
Pelos cálculos do sindicato dos professores do estado o montante de repasses da Secretaria de Educação para o Instituto Civitas teria sido da ordem de 200 milhões de reais.
Numa entrevista recente concedida ao programa Revista da Manhã (Teresina FM), a presidente do Sinte, Odeni de Jesus, informou que foi solicitada uma investigação do Tribunal de Contas do Estado junto ao projeto.
Odeni de Jesus, investigação necessária
Ela disse que os recursos destinados aos Cursinhos Populares não tinham amparo legal e que deveriam ter sido investidos na melhoria da educação pública e não no financiamento de organização não governamental.
SUSPENSÃO DOS CURSINHOS
Em oportunidade recente, o advogado Robertônio Pessoa anunciou a suspensão das atividades do projeto no Piauí.
Segundo ele, a Secretaria de Educação deixou de repassar recursos do convênio. Foram repassados apenas 59% do montante acordado, o que teria inviabilizado o pagamento de professores contratados.
A Secretaria de Educação divulgou nota alegando que o repasse de dinheiro foi suspenso por determinação do Ministério Público do Estado.
Somos informados de que a determinação partiu do próprio governador Wilson Martins, que considera, nos bastidores, a irregularidade no funcionamento do projeto.
Quanto a coordenador estadual da Juventude, estranha que ele esteja se movimentando em favor de um projeto que é rejeitado pelo próprio chefe do executivo em governo do qual ele participa como assessor.
O senador disse que os Cursinhos Populares garantiram acesso de jovens egressos de escolas públicas ao ensino superior, saltando de 18% para 64%, mas estes dados nunca foram aferidos por nenhum órgão de credibilidade.
Senador Wellington Dias durante pronunciamento na tribuna do Senado
Foram apenas disseminados pelos membros do governo passado e do Instituto Civitas, que em seis anos recebeu cerca de 20 milhões de reais da Secretaria de Educação do Estado para a execução do programa.
Wellington Soares, dirigente do Civitas e assessor do senador
Robertônio Pessoa, outro dirigente do Civitas
Em seu pronunciamento, Wellington Dias cita os nomes do coordenador estadual da Juventude, Plínio Dumont, do advogado Robertônio Pessoa e do professor Wellington Soares, que inclusive é assessor parlamentar em seu gabinete no Senado.
Os três, segundo ele, defendem a adoção pelo Ministério do programa Cursinhos Populares.
SOB INVESTIGAÇÃO
O contrato celebrado entre a Secretaria de Educação do Estado e o Instituto Civitas (que realizou o programa Cursinhos Populares no Piauí) está sob investigação do Ministério Público Estadual.
O promotor responsável pela apuração é José Reinaldo Leão. A ONG é dirigida pelos petistas Wellington Soares, Nelson Nery Costa e Robertônio Pessoa.
Em menos de seis anos teria recebido cerca de R$ 25milhões (informações constantes no Diário Oficial do Estado) em recursos do governo, através da Secretaria Educação, dirigida por outro petista, o deputado federal e candidato derrotado ao Senado, Antonio José Medeiros.
O pretexto é a execução do projeto de cursinhos, que deveria preparar alunos do ensino médio para o vestibular. A investigação acontece desde dezembro de 2009 e deve perdurar até não se sabe quando.
PIOR EDUCAÇÃO
De outro lado, importa ressaltar que a educação piauiense é considerada a pior do Brasil, tendo recebido nota 3 do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira), o menor do país.
Recentemente, o secretário Átila Lira desabafou na televisão (durante greve de professores) e disse que o Piauí é campeão nacional de fracasso escolar.
Significa dizer que os petistas no poder não contribuíram para o desenvolvimento da educação no estado.
Desse modo, como justificar a adoção de um programa que se pretende renovador e avançado quando na verdade nem temos o que comemorar em nível de educação pública?!
SINDICATO DOS PROFESSORES
Pelos cálculos do sindicato dos professores do estado o montante de repasses da Secretaria de Educação para o Instituto Civitas teria sido da ordem de 200 milhões de reais.
Numa entrevista recente concedida ao programa Revista da Manhã (Teresina FM), a presidente do Sinte, Odeni de Jesus, informou que foi solicitada uma investigação do Tribunal de Contas do Estado junto ao projeto.
Odeni de Jesus, investigação necessária
Ela disse que os recursos destinados aos Cursinhos Populares não tinham amparo legal e que deveriam ter sido investidos na melhoria da educação pública e não no financiamento de organização não governamental.
SUSPENSÃO DOS CURSINHOS
Em oportunidade recente, o advogado Robertônio Pessoa anunciou a suspensão das atividades do projeto no Piauí.
Segundo ele, a Secretaria de Educação deixou de repassar recursos do convênio. Foram repassados apenas 59% do montante acordado, o que teria inviabilizado o pagamento de professores contratados.
A Secretaria de Educação divulgou nota alegando que o repasse de dinheiro foi suspenso por determinação do Ministério Público do Estado.
Somos informados de que a determinação partiu do próprio governador Wilson Martins, que considera, nos bastidores, a irregularidade no funcionamento do projeto.
Quanto a coordenador estadual da Juventude, estranha que ele esteja se movimentando em favor de um projeto que é rejeitado pelo próprio chefe do executivo em governo do qual ele participa como assessor.
ASSIS CRITICA ROBERT RIOS E DEFENDE VOTO EM LISTA
O deputado federal Assis Carvalho (PT) criticou o secretário de Segurança Robert Rios Magalhães, que é deputado estadual licenciado pelo PC do B, durante entrevista a uma emissora de tevê na tarde de ontem.
Ele disse que Robert Rios costuma criticar o PT porque o partido tem lhe aplicado diversas derrotas em eleições municipais, a exemplo de Campo Maior e Regeneração.
Segundo Carvalho, Rios faz política de modo ultrapassado. “Ele representa um modelo superado”, acrescenta. “Robert Rios estava muito acostumado a ganhar no grito, mas as coisas mudaram.”
No seu entender, a vitória do vereador do PC do B na eleição para a prefeitura de Sigefredo Pacheco não significa necessariamente uma vitória de Robert Rios, mas sim do partido e também com apoio do PT, que apesar de ter integrado uma outra chapa conferiu votação significativa para a vitória do comunista.
A articulação, neste caso, teria partido do próprio Assis Carvalho.
VOTO EM LISTA
Assis Carvalho defendeu o voto em lista para escolha de parlamentares.
Ele disse que a defesa é originalmente do seu partido mas entende que será muito difícil colocar em prática porque o modelo atual tem amparo junto aos poderosos da política e da economia.
O voto em lista tem sido defendido pelos petistas em nível nacional, a partir do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como forma de retirar do eleitor o direito de eleger os seus representantes.
Por meio dele, o voto seria conferido apenas aos partidos e não aos candidatos. Os partidos apresentariam os nomes dos candidatos eleitos por sua própria indicação.
Este modelo se originou na Bélgica em 1885 e tinha por objetivo garantir espaço para as diversas ideologias no parlamento, mas logo caiu em desuso naquele país europeu.
Atualmente é praticado em países como Cuba, China e Coreia do Norte, que não podem ser compreendidas necessariamente como nações democráticas.
Ele disse que Robert Rios costuma criticar o PT porque o partido tem lhe aplicado diversas derrotas em eleições municipais, a exemplo de Campo Maior e Regeneração.
Segundo Carvalho, Rios faz política de modo ultrapassado. “Ele representa um modelo superado”, acrescenta. “Robert Rios estava muito acostumado a ganhar no grito, mas as coisas mudaram.”
No seu entender, a vitória do vereador do PC do B na eleição para a prefeitura de Sigefredo Pacheco não significa necessariamente uma vitória de Robert Rios, mas sim do partido e também com apoio do PT, que apesar de ter integrado uma outra chapa conferiu votação significativa para a vitória do comunista.
A articulação, neste caso, teria partido do próprio Assis Carvalho.
VOTO EM LISTA
Assis Carvalho defendeu o voto em lista para escolha de parlamentares.
Ele disse que a defesa é originalmente do seu partido mas entende que será muito difícil colocar em prática porque o modelo atual tem amparo junto aos poderosos da política e da economia.
O voto em lista tem sido defendido pelos petistas em nível nacional, a partir do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como forma de retirar do eleitor o direito de eleger os seus representantes.
Por meio dele, o voto seria conferido apenas aos partidos e não aos candidatos. Os partidos apresentariam os nomes dos candidatos eleitos por sua própria indicação.
Este modelo se originou na Bélgica em 1885 e tinha por objetivo garantir espaço para as diversas ideologias no parlamento, mas logo caiu em desuso naquele país europeu.
Atualmente é praticado em países como Cuba, China e Coreia do Norte, que não podem ser compreendidas necessariamente como nações democráticas.
PREFEITO PROTESTA CONTRA ABANDONO DE RODOVIA
O prefeito de Morro do Chapéu, Lucídio Rebelo, está indignado com o Governo do Piauí por conta da paralisação nas obras da rodovia PI-214, ligando com os municípios de Esperantina e Luzilândia. A obra foi iniciada em 2009, está orçada em R$ 14 milhões e até agora não concluída. “O pior é que o Governo mandou arrancar o asfalto que havia, que era ruim para tava dando conta do recado, e ficou tudo por isso mesmo, apesar dos constantes protestos da comunidade.”
Os moradores voltaram a interditar a rodovia na madrugada desta terça-feira.
Os moradores voltaram a interditar a rodovia na madrugada desta terça-feira.
TRABALHADORES E ESTUDANTES DE ALTOS SE MOBILIZAM CONTRA AUMENTO EM PASSAGENS
Moradores de Altos estão se mobilizando em defesa de uma audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar sobre os preços das passagens de ônibus semiurbanos, que consideram muito elevados.
De acordo com a professora Cristiane Ferreira, o valor passou para R$ 3,50 e é praticado indiscriminadamente, quando trabalhadores e estudantes, que usam o transporte todos os dias, deveriam ter tratamento diferenciado.
Lagoa
Na cidade de Lagoa do Piauí, o transporte semiurbano também está dando o que falar – os usuários pagam passagem no valor de R$ 4 à empresa atualmente responsável.
Uma outra empresa gostaria de prestar o serviço de transporte por valor mais barato, no entanto não detém nenhum direito sobre exploração da linha.
O assunto será tratado no próximo dia 26 em reunião na Secretaria Estadual de Transportes.
Coivaras
Em Coivaras, os trabalhadores e estudantes que se deslocam diariamente para Teresina pagam uma passagem no valor de R$ 8.
O servidor público Gilson Gomes acredita que o valor poderia ser menor e critica a precariedade dos ônibus colocados para fazer a linha.
De acordo com a professora Cristiane Ferreira, o valor passou para R$ 3,50 e é praticado indiscriminadamente, quando trabalhadores e estudantes, que usam o transporte todos os dias, deveriam ter tratamento diferenciado.
Lagoa
Na cidade de Lagoa do Piauí, o transporte semiurbano também está dando o que falar – os usuários pagam passagem no valor de R$ 4 à empresa atualmente responsável.
Uma outra empresa gostaria de prestar o serviço de transporte por valor mais barato, no entanto não detém nenhum direito sobre exploração da linha.
O assunto será tratado no próximo dia 26 em reunião na Secretaria Estadual de Transportes.
Coivaras
Em Coivaras, os trabalhadores e estudantes que se deslocam diariamente para Teresina pagam uma passagem no valor de R$ 8.
O servidor público Gilson Gomes acredita que o valor poderia ser menor e critica a precariedade dos ônibus colocados para fazer a linha.
SENTAR E CHORAR
Tem uma historinha circulando em Teresina e que está sendo disseminada por meio de mensagens de telefone celular.
Nela, o terrorista Osama Bin Laden chega para Deus e pergunta:
- O que será do futuro do Afeganistão?
Ao que o Criador prontamente responde:
- Vai se acabar por meio de bombas disseminadas pelos terroristas da al-Qaeda.
Então, Osama Bin Laden sentou e chorou.
Barack Obama, o presidente dos EUA, chega para Deus e pergunta:
- O que vai ser do futuro dos EUA?
Deus, de novo, responde prontamente:
- Vai se acabar por meio de armas químicas disseminadas pelos terroristas inimigos da democracia americana.
Obama então sentou e chorou.
O governador Wilson Martins chegou para Deus e perguntou:
- O que vai ser do futuro do Piauí?
Então, Deus sentou e chorou.
Nela, o terrorista Osama Bin Laden chega para Deus e pergunta:
- O que será do futuro do Afeganistão?
Ao que o Criador prontamente responde:
- Vai se acabar por meio de bombas disseminadas pelos terroristas da al-Qaeda.
Então, Osama Bin Laden sentou e chorou.
Barack Obama, o presidente dos EUA, chega para Deus e pergunta:
- O que vai ser do futuro dos EUA?
Deus, de novo, responde prontamente:
- Vai se acabar por meio de armas químicas disseminadas pelos terroristas inimigos da democracia americana.
Obama então sentou e chorou.
O governador Wilson Martins chegou para Deus e perguntou:
- O que vai ser do futuro do Piauí?
Então, Deus sentou e chorou.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Efrém Ribeiro denuncia ter sido agredido por fotógrafo do portal Cidadeverde.com
O jornalista Efrém Ribeiro, do jornal Meio Norte, denuncia que foi agredido pelo fotógrafo Tiago Amaral, do portal Cidadeverde.com.
Ele afirma que estava fazendo a cobertura de casamento homossexual realizado na praça João Luiz Ferreira quando foi surpreendido pela agressão do colega de profissão, que teria lhe aplicado uma pancada na cabeça.
Efrém Ribeiro lembra que em oportunidade anterior, durante cobertura de solenidade no Serviço Social do Comércio, teria sido agredido pelo jornalista Francisco Magalhães, a serviço do mesmo portal, que o empurrou e quebrou seu notebook.
Na recente oportunidade, diz não entender as razões de Tiago Amaral. “Havia bastante espaço na praça João Luiz Ferreira. Sendo assim, não entendo o motivo. Pensei, a princípio, que era por falta de espaço, mas numa praça isso é impossível de acontecer”, lamentou.
Ele acredita que seu trabalho tem incomodado os colegas que, por não alcançarem o mesmo ritmo, partem para a agressão física. “Faço meu trabalho de forma séria e honesta. Nunca revidei nenhuma agressão. Imagino que isso aconteça por inveja em relação ao meu trabalho”, desabafa.
HISTÓRICO DE AGRESSÕES
Efrém Ribeiro foi agredido em diversas oportunidades durante a realização do trabalho. Em 1994, apanhou do então deputado federal Heráclito Fortes no aeroporto de Teresina.
Em 1996, na cobertura das eleições municipais, foi atacado pelo também jornalista Gilberto Melo, já falecido, nas dependências da TV Antares. Em 1997, foi agredido também no aeroporto Petrônio Portella pelo jornalista e advogado Genésio Araújo Júnior, oportunidade em que foi defendido pelo então deputado estadual Chico Filho.
A agressão ocorreu diante do então governador Mão Santa e do secretário da Indústria e Comércio João Vicente Claudino, sendo flagrada pelas câmeras da TV Meio Norte.
Em 1998, o ajudante de ordens do então vice governador Osmar Araújo o agrediu durante convenção do PSDB em Teresina. Em 1999, foi espancado por Raimundo Xavier, a serviço do temido ex-coronel Correia Lima, em churrascaria na zona leste da capital.
O diretor de jornalismo do Sistema MN de Comunicação, jornalista José Osmando, afirmou em certa ocasião que Efrém Ribeiro utiliza esse tipo de situação como forma de se promover. “É uma espécie de marca registrada do Efrém”, assinalou.
A audiência dos veículos de comunicação do sistema, de acordo com seus integrantes, aumenta consideravelmente quando há notícias sobre ataques ao jornalista Efrém Ribeiro.
Ele afirma que estava fazendo a cobertura de casamento homossexual realizado na praça João Luiz Ferreira quando foi surpreendido pela agressão do colega de profissão, que teria lhe aplicado uma pancada na cabeça.
Efrém Ribeiro lembra que em oportunidade anterior, durante cobertura de solenidade no Serviço Social do Comércio, teria sido agredido pelo jornalista Francisco Magalhães, a serviço do mesmo portal, que o empurrou e quebrou seu notebook.
Na recente oportunidade, diz não entender as razões de Tiago Amaral. “Havia bastante espaço na praça João Luiz Ferreira. Sendo assim, não entendo o motivo. Pensei, a princípio, que era por falta de espaço, mas numa praça isso é impossível de acontecer”, lamentou.
Ele acredita que seu trabalho tem incomodado os colegas que, por não alcançarem o mesmo ritmo, partem para a agressão física. “Faço meu trabalho de forma séria e honesta. Nunca revidei nenhuma agressão. Imagino que isso aconteça por inveja em relação ao meu trabalho”, desabafa.
HISTÓRICO DE AGRESSÕES
Efrém Ribeiro foi agredido em diversas oportunidades durante a realização do trabalho. Em 1994, apanhou do então deputado federal Heráclito Fortes no aeroporto de Teresina.
Em 1996, na cobertura das eleições municipais, foi atacado pelo também jornalista Gilberto Melo, já falecido, nas dependências da TV Antares. Em 1997, foi agredido também no aeroporto Petrônio Portella pelo jornalista e advogado Genésio Araújo Júnior, oportunidade em que foi defendido pelo então deputado estadual Chico Filho.
A agressão ocorreu diante do então governador Mão Santa e do secretário da Indústria e Comércio João Vicente Claudino, sendo flagrada pelas câmeras da TV Meio Norte.
Em 1998, o ajudante de ordens do então vice governador Osmar Araújo o agrediu durante convenção do PSDB em Teresina. Em 1999, foi espancado por Raimundo Xavier, a serviço do temido ex-coronel Correia Lima, em churrascaria na zona leste da capital.
O diretor de jornalismo do Sistema MN de Comunicação, jornalista José Osmando, afirmou em certa ocasião que Efrém Ribeiro utiliza esse tipo de situação como forma de se promover. “É uma espécie de marca registrada do Efrém”, assinalou.
A audiência dos veículos de comunicação do sistema, de acordo com seus integrantes, aumenta consideravelmente quando há notícias sobre ataques ao jornalista Efrém Ribeiro.
PADRE LIRA
Conheci padre Manoel Lira Parente em 1998, quando ele estava exercendo o segundo mandato como prefeito de Dom Inocêncio. Ele foi à redação do jornal Meio Norte para pedir apoio às autoridades. As pessoas estavam morrendo de fome, sem nenhum amparo dos governos estadual e federal, e a prefeitura sozinha nada podia fazer para amenizar o drama dos moradores. Dom Inocêncio é o segundo município piauiense em dimensão territorial.
LUTA CONTRA A SECA
Padre Lira ficou conhecido internacionalmente pela sua luta contra a seca. Na condição de pároco em São Raimundo Nonato, ele começou a dar assistência ao povo da região ainda nos anos sessenta. Implantou cisternas, construiu pequenos açudes, barragens e barreiros e implementou um sistema revolucionário de educação que praticamente acabou com o analfabetismo em Dom Inocêncio. Duas décadas depois, ganhou matéria de página inteira no Jornal do Brasil.
CASAS BRANCAS
Dom Inocêncio está situada a mais de 700 km de Teresina, em pleno “coração da seca”. Não dá para perfurar poços tubulares porque o acesso ao lençol freático é prejudicado por um tipo de rocha denominado cristalino. Para enfrentar o problema, além das providências já relacionadas, padre Lira orientou que todas as residências do município sejam pintadas de branco. A cor branca reflete os raios solares e consequentemente diminui a intensidade do calor no interior das residências.
REPORTAGEM
Estive em Dom Inocêncio em setembro de 1999 na companhia do inigualável repórter-fotográfico André Pessoa, produzindo material para o caderno de MUNICÍPIOS do Jornal Meio Norte. Deparamo-nos com um cenário desolador. Era fim de tarde. Um homem, no meio de um riacho seco, cujo solo estava rachado, retirava água barrenta de um buraco pequeno num litro,que em seguida bebeu com muita satisfação. Ato contínuo, perguntou se gostaríamos de beber junto com ele. Aceitamos. Fiquei a me perguntar: por que tanto sofrimento? Como a adivinhar meus pensamentos, o homem indagou se tínhamos onde pernoitar. Respondi que sim. Ele disse: qualquer coisa, minha casa é humilde, mas se os senhores não se incomodarem... No meio da adversidade, ainda há espaço para a bondade. Talvez seja este o principal legado de padre Manoel Lira Parente.
PERNOITE
Naquela mesma noite, estivemos com o próprio. Um homem simples, apesar da grandeza de sua obra, que reside numa fazenda modesta, a 5 km da área urbana de Dom Inocêncio. Apesar de rústica, a fazenda possui toda a estrutura para hospedar quem quer que seja. E padre Lira nada pede em troca pela hospitalidade, apenas a paciência do interlocutor em escutar suas histórias. E são muitas. De quando chegou ao lugar, de como encontrou aquela terra, de como as pessoas viviam – muito mal, mais ainda do que agora, e de como ele, através dos seus contatos no exterior, conseguiu transformar a realidade local amenizando o sofrimento daquelas pessoas.
PARTIDA
De Dom Inocêncio, partimos para a Bahia e Pernambuco. Mas fiquei o tempo inteiro e guardo comigo até hoje a lembrança de suas palavras, que valem tanto quanto seu exemplo: “A nossa realização é do tamanho do nosso sonho.”
LUTA CONTRA A SECA
Padre Lira ficou conhecido internacionalmente pela sua luta contra a seca. Na condição de pároco em São Raimundo Nonato, ele começou a dar assistência ao povo da região ainda nos anos sessenta. Implantou cisternas, construiu pequenos açudes, barragens e barreiros e implementou um sistema revolucionário de educação que praticamente acabou com o analfabetismo em Dom Inocêncio. Duas décadas depois, ganhou matéria de página inteira no Jornal do Brasil.
CASAS BRANCAS
Dom Inocêncio está situada a mais de 700 km de Teresina, em pleno “coração da seca”. Não dá para perfurar poços tubulares porque o acesso ao lençol freático é prejudicado por um tipo de rocha denominado cristalino. Para enfrentar o problema, além das providências já relacionadas, padre Lira orientou que todas as residências do município sejam pintadas de branco. A cor branca reflete os raios solares e consequentemente diminui a intensidade do calor no interior das residências.
REPORTAGEM
Estive em Dom Inocêncio em setembro de 1999 na companhia do inigualável repórter-fotográfico André Pessoa, produzindo material para o caderno de MUNICÍPIOS do Jornal Meio Norte. Deparamo-nos com um cenário desolador. Era fim de tarde. Um homem, no meio de um riacho seco, cujo solo estava rachado, retirava água barrenta de um buraco pequeno num litro,que em seguida bebeu com muita satisfação. Ato contínuo, perguntou se gostaríamos de beber junto com ele. Aceitamos. Fiquei a me perguntar: por que tanto sofrimento? Como a adivinhar meus pensamentos, o homem indagou se tínhamos onde pernoitar. Respondi que sim. Ele disse: qualquer coisa, minha casa é humilde, mas se os senhores não se incomodarem... No meio da adversidade, ainda há espaço para a bondade. Talvez seja este o principal legado de padre Manoel Lira Parente.
PERNOITE
Naquela mesma noite, estivemos com o próprio. Um homem simples, apesar da grandeza de sua obra, que reside numa fazenda modesta, a 5 km da área urbana de Dom Inocêncio. Apesar de rústica, a fazenda possui toda a estrutura para hospedar quem quer que seja. E padre Lira nada pede em troca pela hospitalidade, apenas a paciência do interlocutor em escutar suas histórias. E são muitas. De quando chegou ao lugar, de como encontrou aquela terra, de como as pessoas viviam – muito mal, mais ainda do que agora, e de como ele, através dos seus contatos no exterior, conseguiu transformar a realidade local amenizando o sofrimento daquelas pessoas.
PARTIDA
De Dom Inocêncio, partimos para a Bahia e Pernambuco. Mas fiquei o tempo inteiro e guardo comigo até hoje a lembrança de suas palavras, que valem tanto quanto seu exemplo: “A nossa realização é do tamanho do nosso sonho.”
quarta-feira, 11 de maio de 2011
WILSON MARTINS PROMETEU RESOLVER PROBLEMA DE DRENAGEM DA ZONA LESTE
Em dias de chuva, a zona leste de Teresina se transforma num verdadeiro oceano, com ruas e avenidas inundadas pela falta de escoamento. O problema é antigo e os políticos, sempre que podem, prometem soluções que nunca se materializam. A população está cansada de esperar.
Lembro-me do poema que diz: o sertão vai virar mar. Neste caso, a cidade parece estar se transformando em mar. As promessas mais recentes foram feitas pelo então governador Wilson Martins durante a campanha para o 2º turno das eleições 2010. Candidato à reeleição, não teve desempenho esperado junto ao eleitor teresinense na etapa inicial. Pesquisas de opinião indicavam que a preferência se mantinha em favor do ex-prefeito Sílvio Mendes, do PSDB.
Apelando para um discurso crítico contra as gestões tucanas na prefeitura, o governador mostrou em seu programa eleitoral imagens de um dia de chuva, com carros atolados, pessoas com água na altura dos joelhos, andando com dificuldade em meio ao aguaceiro acumulado pela falta de sistema de drenagem. E afirmou que tudo aquilo era responsabilidade dos tucanos que haviam governado a capital por mais de 20 anos e não haviam realizado obras para conter a situação.
Ocorre que o sistema de drenagem é uma realização de grande porte. Não pode ser feita pela prefeitura, carecendo de investimentos federais na ordem de 37 milhões de reais, em média, conforme orçamento apresentado ao Ministério das Cidades em maio de 2009 pelo então prefeito Sílvio Mendes.
O governo federal, sob gestão dos petistas, fez questão de negar ao governo municipal o atendimento de pleitos da maior importância, tudo por questões de natureza política. Foi assim que durante todo o primeiro mandato do presidente Lula (2003/2006) praticamente nada se fez em favor da capital. A ponte estaiada João Isidório França, iniciada no governo FHC (1995/2002), permaneceu sem investimentos por mais de seis anos. O mesmo aconteceu com o HUT (Hospital de Urgência de Teresina), que contou com recursos do governo do PT somente a partir da segunda gestão lulista.
No tocante ao sistema de drenagem, o deputado Fábio Novo, do PT, fez pronunciamento na tribuna da Assembleia dizendo que os tucanos contaram com o governo federal durante oito anos e não o fizeram. Perguntei a ele, em seguida, se o fato de FHC não ter realizado implicava em dizer que Lula também não realizaria. Ele fora eleito para repetir os erros dos seus antecessores. O parlamentar petista desconversou e não respondeu. Disse apenas que Lula tinha compromisso com os teresinenses. Mas durante todo o seu mandato não foi isso que ficou evidenciado.
Na campanha de 2010, o governador Wilson Martins garantiu que aproveitaria o seu excelente trânsito com a futura presidente Dilma Roussef (ela ainda não estava eleita, mas ele já a colocava como tal, parecendo antever o resultado da eleição em virtude da força da máquina administrativa utilizada contra o candidato da oposição, o tucano José Serra). Wilson Martins se reelegeu, Dilma conseguiu a vitória, mas até agora (abril de 2011), nada se fez no sentido de resolver o problema da drenagem de águas na zona leste.
Pelo visto o problema deve persistir por muito tempo ainda. Toda esta região de Teresina está completamente tomada por novas construções. São bairros, condomínios, edificações que surgem a cada dia e que impedem o caminho natural das águas. Ao tomar conhecimento de críticas que faço em meu programa de rádio (Teresina FM), o governador se irrita. Alega não ter responsabilidade sobre o drama enfrentado pela população, que a culpa é dos outros. Dos prefeitos que passaram pela gestão municipal e nada fizeram. Dos governadores que o antecederam e também nada realizaram neste sentido. Inclusive, do seu próprio benfeitor, Wellington Dias, que cuidou em fazer apologia de si próprio, com larga utilização dos meios de comunicação, sem se preocupar em construir uma nova estrutura para o Piauí. O governador se esquece de citar a população, que vota sem se preocupar com as implicações da sua escolha. Faz opção menos por realizações e compromisso público e mais por cargos e gratificações comissionadas. Uma lástima.
No meu ponto de vista, a responsabilidade de realizar é de quem promete. Foi Wilson Martins quem prometeu se empenhar pela construção do sistema de drenagem da zona leste. Cabe a ele encontrar soluções. Infelizmente, a história humana torna-se cada vez mais uma corrida entre a civilidade e a ganância. Busca-se apenas o poder a qualquer custo.
Lembro-me do poema que diz: o sertão vai virar mar. Neste caso, a cidade parece estar se transformando em mar. As promessas mais recentes foram feitas pelo então governador Wilson Martins durante a campanha para o 2º turno das eleições 2010. Candidato à reeleição, não teve desempenho esperado junto ao eleitor teresinense na etapa inicial. Pesquisas de opinião indicavam que a preferência se mantinha em favor do ex-prefeito Sílvio Mendes, do PSDB.
Apelando para um discurso crítico contra as gestões tucanas na prefeitura, o governador mostrou em seu programa eleitoral imagens de um dia de chuva, com carros atolados, pessoas com água na altura dos joelhos, andando com dificuldade em meio ao aguaceiro acumulado pela falta de sistema de drenagem. E afirmou que tudo aquilo era responsabilidade dos tucanos que haviam governado a capital por mais de 20 anos e não haviam realizado obras para conter a situação.
Ocorre que o sistema de drenagem é uma realização de grande porte. Não pode ser feita pela prefeitura, carecendo de investimentos federais na ordem de 37 milhões de reais, em média, conforme orçamento apresentado ao Ministério das Cidades em maio de 2009 pelo então prefeito Sílvio Mendes.
O governo federal, sob gestão dos petistas, fez questão de negar ao governo municipal o atendimento de pleitos da maior importância, tudo por questões de natureza política. Foi assim que durante todo o primeiro mandato do presidente Lula (2003/2006) praticamente nada se fez em favor da capital. A ponte estaiada João Isidório França, iniciada no governo FHC (1995/2002), permaneceu sem investimentos por mais de seis anos. O mesmo aconteceu com o HUT (Hospital de Urgência de Teresina), que contou com recursos do governo do PT somente a partir da segunda gestão lulista.
No tocante ao sistema de drenagem, o deputado Fábio Novo, do PT, fez pronunciamento na tribuna da Assembleia dizendo que os tucanos contaram com o governo federal durante oito anos e não o fizeram. Perguntei a ele, em seguida, se o fato de FHC não ter realizado implicava em dizer que Lula também não realizaria. Ele fora eleito para repetir os erros dos seus antecessores. O parlamentar petista desconversou e não respondeu. Disse apenas que Lula tinha compromisso com os teresinenses. Mas durante todo o seu mandato não foi isso que ficou evidenciado.
Na campanha de 2010, o governador Wilson Martins garantiu que aproveitaria o seu excelente trânsito com a futura presidente Dilma Roussef (ela ainda não estava eleita, mas ele já a colocava como tal, parecendo antever o resultado da eleição em virtude da força da máquina administrativa utilizada contra o candidato da oposição, o tucano José Serra). Wilson Martins se reelegeu, Dilma conseguiu a vitória, mas até agora (abril de 2011), nada se fez no sentido de resolver o problema da drenagem de águas na zona leste.
Pelo visto o problema deve persistir por muito tempo ainda. Toda esta região de Teresina está completamente tomada por novas construções. São bairros, condomínios, edificações que surgem a cada dia e que impedem o caminho natural das águas. Ao tomar conhecimento de críticas que faço em meu programa de rádio (Teresina FM), o governador se irrita. Alega não ter responsabilidade sobre o drama enfrentado pela população, que a culpa é dos outros. Dos prefeitos que passaram pela gestão municipal e nada fizeram. Dos governadores que o antecederam e também nada realizaram neste sentido. Inclusive, do seu próprio benfeitor, Wellington Dias, que cuidou em fazer apologia de si próprio, com larga utilização dos meios de comunicação, sem se preocupar em construir uma nova estrutura para o Piauí. O governador se esquece de citar a população, que vota sem se preocupar com as implicações da sua escolha. Faz opção menos por realizações e compromisso público e mais por cargos e gratificações comissionadas. Uma lástima.
No meu ponto de vista, a responsabilidade de realizar é de quem promete. Foi Wilson Martins quem prometeu se empenhar pela construção do sistema de drenagem da zona leste. Cabe a ele encontrar soluções. Infelizmente, a história humana torna-se cada vez mais uma corrida entre a civilidade e a ganância. Busca-se apenas o poder a qualquer custo.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Curiosidades jornalísticas
Muitos episódios curiosos marcam a atuação da imprensa piauiense nos anos setenta. Confesso que não vivenciei nenhuma delas, embora tenha mantido ou mantenha relacionamento de amizade com os seus personagens. Em 1978, na campanha para o Senado que dividiu o Piauí entre Dirceu Arcoverde e Alberto Silva, o jornalista Carlos Medeiros recebe do editor de “O Estado” a determinação para cobrir um comício que seria feito pelo candidato governista, Dirceu, na praça do Marquês.
Ocorre que Medeiros estava com muita vontade de viajar para sua cidade natal, Esperantina, a fim de passar o fim de semana. Inconformado com a incumbência, decidiu ser criativo e ao invés de cobrir o acontecimento, como fora pautado, simplesmente redigiu a matéria antes do acontecimento, catou algumas fotos de comícios recentes no arquivo do jornal e desceu para publicação.
O diagramador Vilson Santos ainda ponderou com Medeiros, mas o jornalista disse que estava tudo bem. “O Dirceu é candidato do governo e diz sempre a mesma coisa. Daí presumir que haverá muita gente no comício e que ele voltará a prometer tudo o que já prometeu antes. Não se preocupe. Vai dar certo.”
A manchete do dia seguinte foi que Dirceu Arcoverde reunira uma grande multidão na praça do Marquês em mais um grande comício da situação. Para infelicidade de Carlos Medeiros, o evento não se realizou porque desabou sobre Teresina uma verdadeira tempestade.
Iniciando no mesmo jornal, o hoje conhecido Kenard Kruel gostava de mostrar seus textos para o dono da empresa, Hélder Feitosa, que mais tarde seria barbaramente assassinado. Os colegas o orientavam de que ele deveria levar o seu material diretamente para o editor Montgomery Holanda, no entanto ele insistia na prática de tentar influenciar o patrão para suas habilidades como redator.
Foi então que o jornalista J. Barros resolveu aplicar uma peça em Kruel. “É preciso que você saiba se dirigir ao patrão. O Hélder não gosta de ser chamado pelo nome. Você ganhará pontos com ele se o chamar pelo apelido de ‘Caburé’, que é uma denominação terna, que o acompanha desde a infância.”
Crente de que estava abafando, Kenard Kruel aproveitou que o chefe acabara de deixar sua sala e estava circulando pela redação e aproximou-se dele. “Olha aqui, seu ‘Caburé’, esse texto que acabei de produzir sobre a nova literatura do Piauí.”
Hélder Feitosa odiava o apelido e olhou para Kruel com uma cara muito enfezada para deleite dos demais jornalistas.
Teresina, 9 de maio de 2011
Ocorre que Medeiros estava com muita vontade de viajar para sua cidade natal, Esperantina, a fim de passar o fim de semana. Inconformado com a incumbência, decidiu ser criativo e ao invés de cobrir o acontecimento, como fora pautado, simplesmente redigiu a matéria antes do acontecimento, catou algumas fotos de comícios recentes no arquivo do jornal e desceu para publicação.
O diagramador Vilson Santos ainda ponderou com Medeiros, mas o jornalista disse que estava tudo bem. “O Dirceu é candidato do governo e diz sempre a mesma coisa. Daí presumir que haverá muita gente no comício e que ele voltará a prometer tudo o que já prometeu antes. Não se preocupe. Vai dar certo.”
A manchete do dia seguinte foi que Dirceu Arcoverde reunira uma grande multidão na praça do Marquês em mais um grande comício da situação. Para infelicidade de Carlos Medeiros, o evento não se realizou porque desabou sobre Teresina uma verdadeira tempestade.
Iniciando no mesmo jornal, o hoje conhecido Kenard Kruel gostava de mostrar seus textos para o dono da empresa, Hélder Feitosa, que mais tarde seria barbaramente assassinado. Os colegas o orientavam de que ele deveria levar o seu material diretamente para o editor Montgomery Holanda, no entanto ele insistia na prática de tentar influenciar o patrão para suas habilidades como redator.
Foi então que o jornalista J. Barros resolveu aplicar uma peça em Kruel. “É preciso que você saiba se dirigir ao patrão. O Hélder não gosta de ser chamado pelo nome. Você ganhará pontos com ele se o chamar pelo apelido de ‘Caburé’, que é uma denominação terna, que o acompanha desde a infância.”
Crente de que estava abafando, Kenard Kruel aproveitou que o chefe acabara de deixar sua sala e estava circulando pela redação e aproximou-se dele. “Olha aqui, seu ‘Caburé’, esse texto que acabei de produzir sobre a nova literatura do Piauí.”
Hélder Feitosa odiava o apelido e olhou para Kruel com uma cara muito enfezada para deleite dos demais jornalistas.
Teresina, 9 de maio de 2011
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