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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Onde estão os estudantes?!

Os estudantes participaram de grandes conquistas na história do Brasil. Foram eles que no século XIX alavancaram o debate pelo fim da escravatura. Muitos foram perseguidos e presos pelo Império, mesmo assim não reduziram seu ânimo em favor da libertação dos negros.
Participaram, também decisivamente, já no século XX, das lutas pelo fim da política do Café com Leite, quando os presidentes da República eram escolhidos apenas entre cariocas e paulistas (aqui e ali algum mineiro). Foram eles, os estudantes, que balizaram, nos Estados, a campanha vitoriosa da aliança comandada por Getúlio Vargas e que resultou na Revolução de 1930, com todos os seus ganhos e perdas, mas, enfim, uma revolução.
Os estudantes também foram determinantes na queda do próprio Vargas, 15 anos depois, ao fim da Segunda Guerra, quando os pracinhas brasileiros voltaram do enfrentamento aos nazistas. Como se podia lutar contra o totalitarismo em outras nações e continentes quando em nosso próprio país padecíamos sob o jugo de uma ditadura cruel e sanguinária como a do Estado Novo?!
Vale ressaltar que a própria participação do Brasil na Segunda Guerra teve o estímulo da classe estudantil, que logo se posicionara contra o projeto louco de Adolf Hitler de constituir uma raça superior no mundo a partir dos alemães e com o extermínio de todas as outras que não tivessem as mesmas características genéticas.
Os estudantes, algum tempo depois, nos anos 1950, atenderam ao chamamento de um Getúlio Vargas renovado, agora eleito pelo voto direto, na luta em favor da nacionalização de nossas riquezas, como petróleo, minérios em geral. A classe lutou contra a internacionalização da Floresta Amazônica, outra defesa dos americanos, sob argumento de que nós, brasileiros, não temos nenhuma condição de cuidar daquele gigantesco (e sagrado) bioma.
Nos anos 1960, com a ascensão ao poder dos militares, os estudantes se posicionaram contrários e fizeram marchas contra a exceção por todo o país. Enquanto todos insistiam em chamar o movimento militar de “a redentora”, os estudantes a chamaram pelo que de fato era – uma ditadura.
Diante da impossibilidade de lutarem na legalidade, partiram para a clandestinidade, pegaram em armas e sonharam derrubar o regime – uma das muitas utopias da juventude daqueles tempos.
Mais recentemente, tivemos as lutas pela redemocratização, nos anos 1980, com as Diretas Já!, que reuniram milhões pelas ruas das grandes cidades, inclusive em Teresina, na tentativa de estabelecer eleições diretas para presidente da República.
Em todas as épocas, os estudantes sempre participaram dos grandes movimentos e das grandes conquistas. Alguns reunidos em torno de entidades, outros nem tanto, mas participativos. Mas agora parecem alheios ao que se passa em seu derredor. Por que será?!

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