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quarta-feira, 11 de maio de 2011

WILSON MARTINS PROMETEU RESOLVER PROBLEMA DE DRENAGEM DA ZONA LESTE

Em dias de chuva, a zona leste de Teresina se transforma num verdadeiro oceano, com ruas e avenidas inundadas pela falta de escoamento. O problema é antigo e os políticos, sempre que podem, prometem soluções que nunca se materializam. A população está cansada de esperar.
Lembro-me do poema que diz: o sertão vai virar mar. Neste caso, a cidade parece estar se transformando em mar. As promessas mais recentes foram feitas pelo então governador Wilson Martins durante a campanha para o 2º turno das eleições 2010. Candidato à reeleição, não teve desempenho esperado junto ao eleitor teresinense na etapa inicial. Pesquisas de opinião indicavam que a preferência se mantinha em favor do ex-prefeito Sílvio Mendes, do PSDB.
Apelando para um discurso crítico contra as gestões tucanas na prefeitura, o governador mostrou em seu programa eleitoral imagens de um dia de chuva, com carros atolados, pessoas com água na altura dos joelhos, andando com dificuldade em meio ao aguaceiro acumulado pela falta de sistema de drenagem. E afirmou que tudo aquilo era responsabilidade dos tucanos que haviam governado a capital por mais de 20 anos e não haviam realizado obras para conter a situação.
Ocorre que o sistema de drenagem é uma realização de grande porte. Não pode ser feita pela prefeitura, carecendo de investimentos federais na ordem de 37 milhões de reais, em média, conforme orçamento apresentado ao Ministério das Cidades em maio de 2009 pelo então prefeito Sílvio Mendes.
O governo federal, sob gestão dos petistas, fez questão de negar ao governo municipal o atendimento de pleitos da maior importância, tudo por questões de natureza política. Foi assim que durante todo o primeiro mandato do presidente Lula (2003/2006) praticamente nada se fez em favor da capital. A ponte estaiada João Isidório França, iniciada no governo FHC (1995/2002), permaneceu sem investimentos por mais de seis anos. O mesmo aconteceu com o HUT (Hospital de Urgência de Teresina), que contou com recursos do governo do PT somente a partir da segunda gestão lulista.
No tocante ao sistema de drenagem, o deputado Fábio Novo, do PT, fez pronunciamento na tribuna da Assembleia dizendo que os tucanos contaram com o governo federal durante oito anos e não o fizeram. Perguntei a ele, em seguida, se o fato de FHC não ter realizado implicava em dizer que Lula também não realizaria. Ele fora eleito para repetir os erros dos seus antecessores. O parlamentar petista desconversou e não respondeu. Disse apenas que Lula tinha compromisso com os teresinenses. Mas durante todo o seu mandato não foi isso que ficou evidenciado.
Na campanha de 2010, o governador Wilson Martins garantiu que aproveitaria o seu excelente trânsito com a futura presidente Dilma Roussef (ela ainda não estava eleita, mas ele já a colocava como tal, parecendo antever o resultado da eleição em virtude da força da máquina administrativa utilizada contra o candidato da oposição, o tucano José Serra). Wilson Martins se reelegeu, Dilma conseguiu a vitória, mas até agora (abril de 2011), nada se fez no sentido de resolver o problema da drenagem de águas na zona leste.
Pelo visto o problema deve persistir por muito tempo ainda. Toda esta região de Teresina está completamente tomada por novas construções. São bairros, condomínios, edificações que surgem a cada dia e que impedem o caminho natural das águas. Ao tomar conhecimento de críticas que faço em meu programa de rádio (Teresina FM), o governador se irrita. Alega não ter responsabilidade sobre o drama enfrentado pela população, que a culpa é dos outros. Dos prefeitos que passaram pela gestão municipal e nada fizeram. Dos governadores que o antecederam e também nada realizaram neste sentido. Inclusive, do seu próprio benfeitor, Wellington Dias, que cuidou em fazer apologia de si próprio, com larga utilização dos meios de comunicação, sem se preocupar em construir uma nova estrutura para o Piauí. O governador se esquece de citar a população, que vota sem se preocupar com as implicações da sua escolha. Faz opção menos por realizações e compromisso público e mais por cargos e gratificações comissionadas. Uma lástima.
No meu ponto de vista, a responsabilidade de realizar é de quem promete. Foi Wilson Martins quem prometeu se empenhar pela construção do sistema de drenagem da zona leste. Cabe a ele encontrar soluções. Infelizmente, a história humana torna-se cada vez mais uma corrida entre a civilidade e a ganância. Busca-se apenas o poder a qualquer custo.

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