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terça-feira, 17 de maio de 2011

WELLINGTON DIAS DEFENDE ADOÇÃO PELO MEC DE PROGRAMA INVESTIGADO NO PIAUÍ

Em pronunciamento na tribuna, o senador Wellington Dias (PT) defendeu a implantação pelo MEC, em nível nacional, do programa Cursinhos Populares, que no Piauí é investigado por supostas irregularidades.

O senador disse que os Cursinhos Populares garantiram acesso de jovens egressos de escolas públicas ao ensino superior, saltando de 18% para 64%, mas estes dados nunca foram aferidos por nenhum órgão de credibilidade.


Senador Wellington Dias durante pronunciamento na tribuna do Senado

Foram apenas disseminados pelos membros do governo passado e do Instituto Civitas, que em seis anos recebeu cerca de 20 milhões de reais da Secretaria de Educação do Estado para a execução do programa.


Wellington Soares, dirigente do Civitas e assessor do senador


Robertônio Pessoa, outro dirigente do Civitas

Em seu pronunciamento, Wellington Dias cita os nomes do coordenador estadual da Juventude, Plínio Dumont, do advogado Robertônio Pessoa e do professor Wellington Soares, que inclusive é assessor parlamentar em seu gabinete no Senado.

Os três, segundo ele, defendem a adoção pelo Ministério do programa Cursinhos Populares.

SOB INVESTIGAÇÃO

O contrato celebrado entre a Secretaria de Educação do Estado e o Instituto Civitas (que realizou o programa Cursinhos Populares no Piauí) está sob investigação do Ministério Público Estadual.

O promotor responsável pela apuração é José Reinaldo Leão. A ONG é dirigida pelos petistas Wellington Soares, Nelson Nery Costa e Robertônio Pessoa.

Em menos de seis anos teria recebido cerca de R$ 25milhões (informações constantes no Diário Oficial do Estado) em recursos do governo, através da Secretaria Educação, dirigida por outro petista, o deputado federal e candidato derrotado ao Senado, Antonio José Medeiros.

O pretexto é a execução do projeto de cursinhos, que deveria preparar alunos do ensino médio para o vestibular. A investigação acontece desde dezembro de 2009 e deve perdurar até não se sabe quando.

PIOR EDUCAÇÃO

De outro lado, importa ressaltar que a educação piauiense é considerada a pior do Brasil, tendo recebido nota 3 do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira), o menor do país.

Recentemente, o secretário Átila Lira desabafou na televisão (durante greve de professores) e disse que o Piauí é campeão nacional de fracasso escolar.

Significa dizer que os petistas no poder não contribuíram para o desenvolvimento da educação no estado.

Desse modo, como justificar a adoção de um programa que se pretende renovador e avançado quando na verdade nem temos o que comemorar em nível de educação pública?!

SINDICATO DOS PROFESSORES

Pelos cálculos do sindicato dos professores do estado o montante de repasses da Secretaria de Educação para o Instituto Civitas teria sido da ordem de 200 milhões de reais.

Numa entrevista recente concedida ao programa Revista da Manhã (Teresina FM), a presidente do Sinte, Odeni de Jesus, informou que foi solicitada uma investigação do Tribunal de Contas do Estado junto ao projeto.


Odeni de Jesus, investigação necessária

Ela disse que os recursos destinados aos Cursinhos Populares não tinham amparo legal e que deveriam ter sido investidos na melhoria da educação pública e não no financiamento de organização não governamental.

SUSPENSÃO DOS CURSINHOS

Em oportunidade recente, o advogado Robertônio Pessoa anunciou a suspensão das atividades do projeto no Piauí.

Segundo ele, a Secretaria de Educação deixou de repassar recursos do convênio. Foram repassados apenas 59% do montante acordado, o que teria inviabilizado o pagamento de professores contratados.

A Secretaria de Educação divulgou nota alegando que o repasse de dinheiro foi suspenso por determinação do Ministério Público do Estado.

Somos informados de que a determinação partiu do próprio governador Wilson Martins, que considera, nos bastidores, a irregularidade no funcionamento do projeto.

Quanto a coordenador estadual da Juventude, estranha que ele esteja se movimentando em favor de um projeto que é rejeitado pelo próprio chefe do executivo em governo do qual ele participa como assessor.

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